Desde janeiro, pelo menos seis pessoas morreram em razão de atos violentos praticados em colégios no país
Uma adolescente de 16 anos foi morta em um ataque a tiros no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no Paraná, na manhã desta segunda-feira (19).
Um ex-aluno entrou armado na instituição. Ele teria acessado a escola alegando que solicitaria o seu histórico escolar.
O autor dos disparos foi detido e encaminhado para a cidade de Londrina, distante cerca de 15 quilômetros de Cambé.
O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), decretou luto oficial de três dias.
“A violência do brutal ataque em uma escola estadual em Cambé causa indignação e pesar. O assassino foi preso, será julgado e condenado pelo crime bárbaro que cometeu. Como governador e pai, a minha solidariedade aos familiares neste momento de dor tão profunda. Paraná está em luto”, escreveu Ratinho Junior nas redes sociais.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também usou as redes sociais para lamentar o ataque. “Recebo com muita tristeza e indignação a notícia do ataque no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no Paraná. Mais uma jovem vida tirada pelo ódio e a violência que não podemos mais tolerar dentro das nossas escolas e na sociedade. É urgente construirmos juntos um caminho para a paz nas escolas. Meus sentimentos e preces para a família e comunidade escolar”, declarou o presidente.
O tiroteio é o mais recente de um total de três ataques com mortes contabilizados em escolas brasileiras somente em 2023.
Desde janeiro, pelo menos seis pessoas morreram em razão de atos violentos praticados em colégios no país.
No mês de abril um homem invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), no Vale do Itajaí, matando quatro crianças e ferindo outras três. O autor foi preso após se entregar para as autoridades policiais.
O atentado em Blumenau foi o segundo em pouco mais de uma semana. No fim de março, a professora Elizabeth Tenreiro, 71 anos, morreu após ser esfaqueada na Escola Estadual Thomazia Montoro, em São Paulo. Um adolescente de 13 anos, responsável pelo ataque, foi apreendido.
Em abril, 302 pessoas haviam sido presas ou apreendidas pela Operação Escola Segura. O balanço mais recente do governo federal aponta 2593 boletins de ocorrência registrados, mais de mil pessoas ouvidas e 1738 casos em investigação, além de 270 ações de busca e apreensão de armas a artefatos de grupos extremistas.
Denúncias
Após o registro de ataques a escolas nos últimos meses, o serviço Disque 100 passou a receber denúncias de ameaças de ataques a escolas. As informações podem ser feitas por WhatsApp, pelo número (61) 99611-0100.
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